sexta-feira, abril 15, 2011

DESCOBERTO TEMPLO ROMANO DE NÉMESIS NA TRANSILVÂNIA

Estátua de mármore representando Némesis, encontrada noutro local, as ruínas de Perga
Nas ruínas da cidadela romana de Alba Iulia, sita na região da antiga Dácia e que é agora a Transilvânia, na Roménia, foi descoberto um templo de Némesis edificado pelas legiões romanas no final do segundo século d.c. ou início do terceiro século d.c.. A novidade que esta descoberta traz consiste no facto de que os templos eram muito raramente, ou praticamente nunca, construídos dentro de um acampamento militar romano.
A descoberta do templo foi feita durante os trabalhos de melhoramento no sítio arqueológico de Alba Iulia.
 É parte do acampamento da Legião Gemina XIII; crê-se que foi construído pelos soldados como oferenda à sua Divindade padroeira. O templo inclui um altar votivo, uma placa de mármore que representa um gladiador e uma estátua de mármore da Deusa.
Muitos outros vestígios de acampamentos militares romanos foram descobertos no local.
Némesis, a Deusa da Justa Vingança, é também conhecida como «A Inevitável», tão bela como Afrodite, que é a própria Deusa da Beleza. Era tida como padroeira pelos gladiadores e pelos soldados.
Também foi adorada na região que é hoje Portugal, em Évora, até ao século V, como se pode ler na valiosa obra de Stephen McKenna «Paganism and Pagan Survivals in Spain up to the Fall of the Visigothic Kingdom», que faz referência a uma espécie de sociedade, religiosa ou talvez não, que, talvez sim talvez não, prestava culto a Némesis - a sociedade dos Nemesiaci. No culto de Némesis, os adoradores dançavam em torno duma imagem de madeira da Deusa, praticavam a adivinhação e recolhiam dinheiro dos espectadores.

10 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"A astronomia nasceu da superstição; a retórica, da ambição, do ódio, da adulação, da mentira; a geometria, da ganância; a física, da curiosidade vã; e todas elas, mesmo a ética, do orgulho humano. As artes e as ciências devem portanto o seu nascimento aos nossos vícios, e nós deveríamos duvidar menos das suas vantagens se elas tivessem tido origem nas nossas virtudes. (...) Quantos perigos! Quantos caminhos equivocados na investigação das ciências? Por meio de quantos erros, milhares de vezes mais perigosos do que a verdade é útil, não é preciso abrir caminho a fim de alcançá-la? O problema é patente; pois a falsidade admite um número infinito de combinações; mas a verdade possui apenas um modo de ser".

Jean-Jacques Rousseau, in "Discurso sobre as Ciências e as Artes"

16 de abril de 2011 às 16:38:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1831711

16 de abril de 2011 às 16:53:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

‎"Alguém lembrava recentemente uma famosa frase de um dos actores da Revolução Francesa, o abade Emmanuel-Joseph Sieyès: "O poder vem de cima, a confiança vem de baixo." Quando o topo e a base se afastam excessivamente, o poder vai perdendo a autoridade à medida que a confiança se degrada. E vai tomando forma, entre o povo, o sentimento de que existem "duas nações" ou "dois países": um país de cima, constituído pelos muito ricos, por uma minoria de pessoas moldadas na mesma matriz, que obedecem aos mesmos códigos e vivem encerradas na mesma torre de marfim; e um país de baixo, constituído pela grande maioria, abandonada à sua sorte, esquecida pelos que tudo têm, pelas elites, vítima de uma espécie de desprezo de classe. Como salienta o filósofo esloveno Slavoj Zizek, "o capitalismo actual move-se segundo uma lógica de apartheid, em que uns poucos se sentem com direito a tudo e a grande maioria é constituída por excluídos". Como também diz, "os capitalistas actuais são fanáticos religiosos que defendem a todo o custo os seus lucros, mesmo que causem a ruína de milhões de pessoas". É a lógica neoliberal."

16 de abril de 2011 às 17:56:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Muslims want Islamic state in Australia

http://news.ninemsn.com.au/national/8226323/can-islam-and-multiculturalism-co-exist

16 de abril de 2011 às 18:16:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo. E este blogue aqui. O que achas? Parece ter boas informações:

http://paganismohispanoromano.blogspot.com/

16 de abril de 2011 às 18:50:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sim, também já o publicitei aqui.

16 de abril de 2011 às 19:17:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

DIAS DA MÚSICA EM BELÉM - DA EUROPA AO NOVO MUNDO 1883-1945



Entre a morte de Richard Wagner e o fim da Segunda Guerra Mundial, a música ocidental reinventa-se.

Ao apogeu do sinfonismo mahleriano sucedem-se as ruturas do impressionismo (Debussy, Fauré, Franck) e de Stravinsky, e sobretudo do atonalismo, representado pela Segunda Escola de Viena (Schoenberg, Berg, Webern). Mas, tal como Dvorák tinha anunciado nos últimos anos do século XIX, emergem novas expressões musicais que ganham corpo sobretudo nos Estados Unidos, recorrendo às tradições afro-americanas: é a era dos blues e do jazz e de uma primeira estética de fusão, que dará origem a Copland e Gershwin. A receção desses novos sons dá-se na Europa do primeiro pós-guerra (depois de 1918), com compositores como Ravel e Kurt Weill, mas o movimento acentua-se depois da ascensão ao poder do nacional-socialismo em 1933, que leva ao êxodo de compositores e intérpretes, na sua maioria para a América. Em pouco mais de sessenta anos, a tradição musical europeia roda sobre si mesma, criando novas formas e novos formatos, gerando ruturas e polémicas, e recriando universos sonoros abertos às influências exteriores.


15, 16 e 17 Abr 2011

16 de abril de 2011 às 19:36:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O cristianismo não implica um conflito inevitável entre a fé sobrenatural e o progresso científico." Estas palavras do Papa Bento XVI, pronunciadas na semana passada, passaram despercebidas entre nós. Não parecem trazer novidade, até porque o actual Papa tem repetidamente valorizado a racionalidade humana, em particular a de raiz grega, enquanto património da própria mensagem cristã.
Só que no passado Verão levantou-se algum alvoroço em torno de uma eventual rejeição, pela Igreja Católica, da teoria da evolução de Darwin. Bento XVI reunira em Castelgandolfo, a sua residência de Verão, alguns antigos alunos para, com a ajuda de peritos, debaterem o tema "evolução e criação".
Ora um artigo do cardeal de Viena no The New York Times em Julho de 2005 e duas declarações de Joseph Ratzinger nesse mesmo ano haviam levantado suspeitas de que a Igreja Católica poderia vir a reabrir um conflito com o evolucionismo de Darwin. Conflito muito aceso nos Estados Unidos, mas por parte de algumas igrejas protestantes, que reclamam a proibição do ensino das teorias de Darwin nas escolas ou, pelo menos, querem o ensino simultâneo do "criacionismo".
No mundo católico esse problema existiu em tempos, sem dúvida, mas parecia há muito superado. João Paulo II, por exemplo, dizia em 1985 que "uma fé na criação rectamente compreendida e um ensinamento rectamente compreendido da evolução não geram obstáculos". O mesmo João Paulo II reconheceu explicitamente o carácter científico da teoria da evolução.
Com Bento XVI não há, afinal, qualquer mudança nesta matéria. O artigo do cardeal Schönborn, arcebispo de Viena, e as declarações de Bento XVI acima referidas haviam sido mal interpretados por alguns. Não se punha aí em causa o darwinismo, apenas se chamava a atenção para o papel de Deus na criação, que está para além do plano científico.

16 de abril de 2011 às 20:15:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, uma pequena dúvida: o lendário (ou talvez real) Rei Arthur teria sido pagão ou cristão? Já ouvi dizer que ele era pagão celta, mas também já ouvi que ele poderia ter sido cristão.

16 de abril de 2011 às 21:15:00 WEST  
Blogger Caturo said...

É uma dúvida que persiste e, tanto quanto sei, continua em aberto. Uma coisa é certa: a maior parte senão todos os mitos que o rodeiam têm uma origem pagã.

16 de abril de 2011 às 21:40:00 WEST  

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